segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Acabo este ano, bem melhor do que terminei o anterior e, Tenho-A-Certeza-que-Terminarei-2008-ainda-melhor!!!
Um ano Feliz!

Kafka à beira-mar

"Por outras palavras, cada um vive para sempre fechado dentro da sua própria biblioteca."
pp. 584
De recordações...
"Às tantas, acabas por adormecer. E, quando acordas, tornou-se realidade.
Fazes parte de um mundo novo."
pp. 589
de Haruki Murakami
Casa das letras
Um daqueles livros que lerei outra vez, com toda a certeza. Profundo. Labiríntico e cheio de recantos para descobrir e re-descobrir. Tentei prolongar a finalização ao máximo, porque se encontram poucos livros tão envolventes!

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Parar no tempo, porque se pensa melhor, quando o tempo parece não passar.
Andei assim 3 semanas: parada no meu tempo a pensar.
E pensei. E decidi. E o processo de contínua transformação mantém-se.
(Sinto-me uma flor entre flores. Parada no meu jardim.)

Linda: de tirar o fôlego! - Radiohead|Nude

Don't get any big ideas
They're not gonna happen
You paint your smile
And fill the holes
There'll be something missing
Just when you found it
It's gone
Just when you feel it
You don't
It's gone forever

She stands stark naked
And she beckons you to bed
Don't go, you'll only want
To come back again


So don't get any big ideas
They're not gonna happen
You'll go to Hell
For what your
Dirty mind is thinking


And now that you found it
It's gone
Now that you feel it
You don't
It's gone forever

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

sem ter a intenção de amá-lo.
Não é minha, mas concordo totalmente.

domingo, 18 de novembro de 2007

Sinto como se pintar aquele quadro me tivesse devolvido a alma perdida,
a fé nas possibilidades inúmeras que temos e a capacidade de encontrar.
Sinto que pegar em fotografias impressas e colocá-las num album,
me devolveu a capacidade de me prender.
Atingir o equilíbrio perfeito entre a liberdade de escolher e a dependência de ficar.
Assim se sente uma tulipa violeta!

sábado, 17 de novembro de 2007

True Faith - New Order

I feel so extraordinary
Somethings got a hold on me
I get this feeling Im in motion
A sudden sense of liberty
I dont care cause Im not there
And I dont care if Im here tomorrow
Again and again Ive taken too much
Of the things that cost you too much
I used to think that the day would never come
Id see delight in the shade of the morning sun
My morning sun is the drug that brings me
near
To the childhood I lost, replaced by fear
I used to think that the day would never come
That my life would depend on the morning sun...

When I was a very small boy,
Very small boys talked to me
Now that weve grown up together
They're afraid of what they see
Thats the price that we all pay
Our valued destiny comes to nothing
I cant tell you where were going
I guess there was just no way of knowing
I used to think that the day would never come
Id see delight in the shade of the morning sun
My morning sun is the drug that brings me near
To the childhood I lost, replaced by fear
I used to think that the day would never come
That my life would depend on the morning sun...


I feel so extraordinary
Somethings got a hold on me
I get this feeling Im in motion
A sudden sense of liberty
The chances are weve gone too far
You took my time and you took my money
Now I fear youve left me standing
In a world thats so demanding
I used to think that the day would never come
Id see delight in the shade of the morning sun
My morning sun is the drug that brings me near
To the childhood I lost, replaced by fear
I used to think that the day would never come
That my life would depend on the morning sun...

Hoje acordei a ouvir esta música: I feel so extraordinary!

Quem mexeu no meu queijo

Ontem à noite voltei a pegar neste pequeno livro, escrito com piada, uma metáfora para mostrar como podemos reagir à mudança. Não tinha o meu livro de cabeceira e achei que já era tempo de voltar a pensar nas várias formas com que olhamos para a mudança. Esta metáfora fala de quatro formas de olharmos e vivermos a mudança inevitável com que temos de lidar de tempos a tempos, em qualquer das áreas da nossa vida.



"Quanto Mais Cedo Te Libertares do Velho Queijo,

Mais Depressa Encontrarás Um Queijo Novo"

In Quem Mexeu No Meu Queijo

de Dr. Spencer Johnson

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

A outra margem

O FILME que vi este ano e vou recordar como um dos melhores.


Mistura o prazer da fotografia com a música, a estória com os personagens, o drama com o ingénuo. Temos vontade de chorar, de rir e de saber mais sobre o que se passa para lá da tela. Preconceitos, liberdade, esperança e realização. Não é triste, mas apaixonante. Não é alegre, mas real.

Uma só palavra o descreve: B O N I T O

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Touch & Go - Straight... to number one

Yeah


Ten . . . kiss me on the lips
Nine . . . run your fingers through my hair
Eight . . . touch me . . . slowly


Hold it!


Let's go straight . . . to number one



Seven . . . lips
Six . . . slooowly
Five . . . fingers
Four . . . play



. . . to number one



Let's go straight . . . to number one

One [repeating]

Touch me . . .


Let's go straight . . .



One [repeating]. . .



to number one



Lips
Fingers
Feel it?



One [repeating]




Ten
Nine
Eight
Seven
Six
Five
Four
Three
Touch and go . . .. . .
to number one

Numa nova relação: estamos nós e os traumas das relações anteriores....
(É pouco positivo, mas realidade!)
Numa relação de longos anos, estamos nós e as experiências dessa mesma relação.

SERÁ QUE A CONCLUSÃO É QUE SOMOS SEMPRE NÓS E TODOS OS OUTROS QUE PASSARAM PELA NOSSA VIDA?
É treta então dizer que queremos estar sozinhos?

segunda-feira, 12 de novembro de 2007


"XXX diz:
obrigado pela bela noite de sábado
XXX diz:
a minha vida sem ti não seria tão agradável quanto é" *
* Frases que recebemos no msn e nos fazem abrir um largo sorriso!

domingo, 11 de novembro de 2007

Uma das coisas que me deixa mais infeliz é sentir-me palerma a avaliar as pessoas!

Se pudesse, prendia os pés ao chão.

(....)

Enfiava a cabeça entre as nuvens.

(...)

Segurava a tua mão entre as sementes da minha mão.

"- Agora tenho de ir!"
"- Vai... Vai espalhar a tua sensualidade"*
*Os diálogos que nos ficam de uma noite de copos.

sábado, 10 de novembro de 2007

O café da manhã

Existem algumas coisas muito boas no quotidiano!
Uma delas é acordar, ir à varanda e ver a água do rio a correr. Pegar no mp3 e ir pela beira rio comprar o pão. Sentar-me na poltrona com o café acabado de fazer, pão com manteiga, o livro sobre as pernas e saborear cada gosto, cada linha, cada som que vem da rua. Tudo em simultâneo como que de uma festa dos sentidos se tratasse. Como gosto de agradecer estas coisas boas do quotidiano, para as sentir dia após dia.
Sinto-me enamorada pelas rotinas das coisas boas do quotidiano!

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

"querida tulipa, muito gostaria que fosses uma orquídea, mas tambem tens que existir para que a orquídea seja mais bela ou mais de meu agrado (...)"
Assim começou o anónimo o seu comentário. Será que precisamos realmente de uma tulipa para ver beleza da orquídea? A mim, parece-me que o que vemos está para além das cores da tulipa, da magnólia ou da orquídea. Como já dizia O Principezinho: O essencial é invisível aos olhos.
Parece-me antes que temos que abrir bem a alma para ver para além das flores que rotulamos como mais belas.

The Knife

I'm in love with your brother
what's his name?
I thought I'd come by
to see him again
when you two dance
doh what a dance
when you two laughe
doh what a laugh
has he mentioned my age love?
or is he more into young girls with dyed black hair?

I'm in love with your brother
I thought I'd come by
I'm in love with your brother
yes I am
but maybe I shouldn't ask for his name
and you dance
doh what a dance
and you laughedoh what a laughd
oes he know what I do?
and you'll pass this on, wont you?
and if I ask(s) him once what would he say?
is he willing?
can he play?
if I ask(s) him once what would he say?
is he willing?
can he play?
does he know what I do?
and you'll pass this on, wont you?
and if I ask(s) him once what would he say?
is he willing?
can he play?


I'm in love with this music!

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

É dificil decidir se deves avançar ou parar?


Joe Cocker

You are so beautiful to me
You are so beautiful to me
Can't you see
Your everything I hoped for
Your everything I need
You are so beautiful to me


Such joy and happiness you bring
Such joy and happiness you bring
Like a dream
A guiding light that shines in the night
Heavens gift to me
You are so beautiful to me

Sem título



Eu vou. Até porque sou um bocado inconformada, sindicalista e gosto de acreditar que luto por uma vida mais justa e que isso trará um mundo mais justo.

Equidade. Liberdade.

Tenho-me esforçado por conhecer o sabor de ambas as palavras.

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Um sol que nasce, cada dia que acordamos!


"Aproximação" da escrita

Sei exactamente onde quero estar dentro de um ano...
Estou nos preparativos!*
*Voltei de lá... De onde eu estive afastada.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Hoje é o primeiro dia do resto da minha vida!
E não conto porquê... É segredo!

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Posso morrer se não me amarem como mereço...
E já morri tantas vezes.

Eu e todos os outros que fazem parte de mim


domingo, 1 de julho de 2007

O que faz uma pessoa especial é o mesmo que faz todas as pessoas especiais, portanto em última análise somos todos iguais.

sexta-feira, 8 de junho de 2007

Gostaria de solicitar a vossa participação nesta entrevista semi-estruturada on line! Pode ser que me ajudem a perceber algumas coisas na sociedade em geral.
1. Sabem o que vos faz feliz?
2. Ganham dinheiro suficiente para aquilo que desejam?
3. Sentem que as expectativas que tinham para a vossa vida estão a concretizarem-se?
4. Sentem-se realizados na profissão que têm?
5. As vossas relações afectivas satisfazem-vos?
6. Conseguem escolher o que vos pode conduzir a uma sensação de concretização?
Obrigada pela participação!

segunda-feira, 4 de junho de 2007

Afastamento da escrita, porque....

... ando a pensar (além de dormir muito) em:


Onde é que eu quero estar dentro de um ano?
Como?
Com quem?
A fazer o quê?

terça-feira, 15 de maio de 2007

Dois podem ser apenas um


La Educación de las Hadas

de José Luis Cuerda.
Este é um daqueles filmes que apetece ter em casa para rever uma e outra vez, talvez. É um desafio à nossa imaginação. Um desafio à capacidade de acreditar no mundo dos sonhos e da magia. Um desafio para acreditar que todos temos dentro de nós a capacidade de mudar a vida dos outros. As fadas andam por aí, basta acreditar nisso.

Existem pessoas que evitam as situações de partilha de rotinas
e as situações casuais de dia-a-dia.
Pergunto porque o farão? Será que assim se mantêm mais protegidas da perda? Será que evitam que os outros sejam parte delas próprias? Será que não conseguem partilhar as suas vidas com outras pessoas específicas, mas apenas com a generalidade das pessoas?

Não consigo responder a nenhuma das questões e se me esforçasse ainda conseguiria outras tantas.
Sei apenas o que me dói a relação que tenho com uma pessoa assim.

domingo, 13 de maio de 2007

Hoje estava a pensar que Gostava de ter dinheiro para me tornar numa CONSUMISTA: de livros, de discos, de filmes, de cinema e teatro, de concertos, de SPA's, de vinhos e comida, de viagens, de roupa interior e exterior, de cursos...


Mas se trabalhasse para ser assim, deixava de ter tempo para usufruir de tudo isso, não?

quarta-feira, 9 de maio de 2007

Ela diz:
"- Sou medíocre em tudo o que faço!"
Ao que ele responde:
"-Auto-crítica é positivo, mas já pensaste em ter auto-compaixão para contrabalançar?"

terça-feira, 8 de maio de 2007

É dificil mudar de humor,
se há minha volta continuam todos os contextos exactamente iguais!

Deixei de acreditar na magia do:
"Um dia qualquer coisa mágica vai acontecer e eu sentir-me-ei tão grata quanto feliz"
Parece que ou bem que fazemos por isso, ou bem que não acontece nada.
Também parece que por vezes existem contextos mais ou menos propícios.

Qualquer coisa semelhante com um diálogo da Moushumi Mazumdar
(Namesake de Mira Nair):
"Quando percebi que nunca seria devidamente amada, decidi optar pelas aventuras..."
Há apenas duas semanas concluí algo de muito semelhante.
Ou a realizadora conseguiu captar um nicho de emoções, ou este sentimento é mais comum do que pensei.

A vida pode ser vista à luz da vida de uma árvore.

Nuns anos, o importante é deixar crescer a copa. Noutros, precisamos de reorganizar as raízes para que seja possível suportar o crescimento da copa. Por vezes, não admitimos que vale mais deixar secar um ramo do que perder toda a árvore. Outras vezes, não percebemos que enquanto reorganizamos as raízes estamos vivos e não deprimidos. Outras, ainda, temos que saber viver com uma poda mal feita e aproveitar a aprendizagem para o futuro. Noutras, pensamos que temos uma árvore invencível face a todas as tempestades e quase caímos, porque não sustentamos as raízes. E é importante não esquecer que apesar da nossa árvore nem sempre ser a mais perfeita, não devemos por isso, atirar com todas as folhas pelo ar. Porque se despimos todas as folhas, um dia a árvore pode desistir de criar. E quando não temos folhas, nem flores, devemos ser pacientes, porque em breve irão crescer novas...
A minha vida a partir de um tronco de árvore.

segunda-feira, 7 de maio de 2007

Se estiver atenta, parece que encontro sempre a resposta para as dúvidas.
Hoje aconteceu isso, enquanto via uma das luzes mais incríveis de fim de tarde a bater nos troncos das árvores do Parque da Cidade.

Às vezes parecemos que precisamos de dar a volta ao mundo,
para percebermos que sempre tivemos o que precisamos ao nosso lado!
Onde é que eu já ouvi isto???

Por ordem de preferência:
1. Crónica do Pássaro de Corda, de Haruki Murakami, casadasletras

Surrealista. Envolvente. Nem se sabe muito bem por onde andamos. Não se sabe o que nos espera em cada virar de página. Surpreendente. Uma viagem pelos caminhos da mente e da sociedade nipónica.

2. Aroma, de Radhika Jha, Dom Quixote

A minha Índia uma vez mais. A condição feminina. Amor. Paixão. Especiarias. Numa história em que o amor assume variadas formas. O cheiro. As refeições indianas. As histórias por detrás dos cheiros.

3. O último alquimista, Micah Nathan, Publicações Pena perfeita

Ora bem... Não parei enquanto não cheguei ao fim à espera de qualquer coisa que não encontrei. Uma desilusão. Deve ser o papel da alquimia: correr atrás de algo que não existe.

Mira Nair

The Namesake.
O último filme de Mira Nair. Aquela que fez o Kamasutra e o Casamento debaixo de chuva. Eu só vi estes dois, apesar de haver muitos mais.
Neste filme vemos o confronto cultural entre a Índia e o Ocidente de Nova York. O confronto geracional. A celebração da morte e da liberdade. Pegar numa almofada e num cobertor para conhecer o mundo. Sentimentos de estranheza num país que é quase o nosso. Regresso a um país que é nosso, mas onde as memórias não são as que temos. A procura do amor. O esquecimento do que é importante. Desistir quando não se encontra, para que logo a seguir nos apareça.
E é tão bonito vêr alguém dizer num filme algo que dissemos há 1 semana atrás. Faz-me sentir una como que em comunhão com um cosmos que não conhece culturas, nem tempos.

Palavras para quê?


quarta-feira, 2 de maio de 2007

terça-feira, 1 de maio de 2007

Quem me conhece já deve ter ouvido várias vezes o que vou escrever, mas neste momento emerge uma necessidade superior de colocar aqui por escrito. Da minha infância guardo a memória de três filmes que influenciaram escolhas, gostos, medos e sítios que escolhi visitar. Um deles, indiano, chamava-se "Irmãos Inseparáveis" - sei agora que deveria ser de Bollywood - e influenciou sem dúvida a minha paixão pela Índia e a sua cultura.
Outro, com o Kirk Douglas, não me lembro do nome, mas deixou-me sempre com o doce medo de quem nos persegue.
E o terceiro, sobre a vida da Edith Piaf, levou-me a gostar de Paris e das suas canções. Hoje fui ver o La Môme de Olivier Dahan. Relembrou-me porque tinha chorado a vê-lo na minha meninice. Lembrou-me porque fico sempre nostálgica quando ouço as suas músicas. E relembrou-me porque Paris para mim era o Paris de Piaf. A interpretação de Marion Cotillard é fabulosa e será a imagem que evocarei quando ouço estas músicas. Uma vida de perdas. Uma vida palcos. Uma vida, como tantas outras que me fazem pensar em como cada um pode fazer uso da sua própria.

Anjos exterminadores de...

... Jean-Claude Brisseau.

É um filme que pode perturbar algumas pessoas, quer com as cenas sensuais, quer com a realidade que o filme tenta demonstrar. As cenas eróticas são de uma beleza quase pueril. A realidade que habita na cabeça de cada pessoa, neste caso, de cada mulher, relativamente às fantasias sexuais. Esta realidade pode não gostar de estar exposta. Pode perturbar. Pode questionar a sexualidade e até onde vai o desejo sexual de cada um de nós. Pode abanar as estruturas da heterosexualidade ou da homosexualidade com que sempre nos habituamos a viver.
Eu particularmente gosto de filmes que mexem com os nossos desejos, medos ou crenças.

Aqueles que vão além do possível.


Xutos e Pontapés

Sozinho na noite
um barco ruma para onde vai.
Uma luz no escuro brilha a direito
ofusca as demais.
E mais que uma onda, mais que uma maré...
Tentaram prendê-lo impor-lhe uma fé...
Mas, vogando à vontade, rompendo a saudade,vai quem
já nada teme, vai o homem do leme...
E uma vontade de rir nasce do fundo do ser.
E uma vontade de ir, correr o mundo e partir,
a vida é sempre a perder...
No fundo do mar
jazem os outros, os que lá ficaram.
Em dias cinzentos
descanso eterno lá encontraram.
E mais que uma onda, mais que uma maré...
Tentaram prendê-lo, impor-lhe uma fé...
Mas, vogando à vontade, rompendo a saudade,
vai quem já nada teme, vai o homem do leme...
E uma vontade de rir nasce do fundo do ser.
E uma vontade de ir, correr o mundo e partir,
a vida é sempre a perder...
No fundo horizonte
sopra o murmúrio para onde vai.
No fundo do tempo
foge o futuro, é tarde demais...
E uma vontade de rir nasce do fundo do ser.
E uma vontade de ir, correr o mundo e partir,
a vida é sempre a perder
Fico sempre com a sensação de que este é o caminho com uma luz ao fundo da rua escura.

terça-feira, 24 de abril de 2007

Porque será mais fácil nos convencermos que estamos tristes, do que convencermo-nos que estamos felizes?
Serão os sinais dos tempos modernos?

segunda-feira, 23 de abril de 2007

António Variações

Nao consigo dominar
Este estado de ansiedade
A pressa de chegar
P'ra nao chegar tarde
Nao sei de que é que eu fujo
Sera desta solidao
Mas porque é que eu recuso
Quem quer dar-me a mao
Vou continuar a procurar
A quem eu me quero dar
Porque até aqui eu só:
Quero quem quem eu nunca vi
Porque eu só quero quem
Quem nao conheci
Porque eu só quero quem
Quem eu nunca vi
Porque eu só quero quem
Quem nao conheci
Porque eu só quero quem
Quem eu nunca vi
Esta insatisfacao
Nao consigo compreender
Sempre esta sensacao
Que estou a perder
Tenho pressa de sair
Quero sentir ao chegar
Vontade de partir
P'ra outro lugar
Vou continuar a procurar
A minha forma
O meu lugar
Porque até aqui eu só:
Estou bem aonde eu nao estou
Porque eu só quero ir
Aonde eu nao vou
Porque eu só estou bem
Aonde eu nao estou
Porque eu só quero ir
Aonde eu nao vou
Porque eu só estou bem
Aonde nao estou
Estou bem aonde eu nao estou
Porque eu só quero ir
Aonde eu nao vou
Porque eu só estou bem
Aonde eu nao estou
Porque eu só quero ir
Aonde eu nao vou
Porque eu só estou bem
Aonde eu nao estou
Porque eu só quero ir
Aonde eu nao vou
Porque eu só estou bem
Aonde nao estou
Porque eu só quero ir
Aonde eu nao vou
Porque eu só estou bem
Aonde nao estou

domingo, 22 de abril de 2007

Jay Jay Johanson

Neste caso, o melhor elogio que lhe posso fazer é:

"Ele até podia ser impotente, desde que me cantasse ao ouvido..."
Ouvi-lo cantar, com aquela voz forte, sempre com um sorriso nos lábios é um bálsamo para os olhos e para a alma. Foi assim, com pouca gente na Indústria, que ele nos presenteou com um concerto. Acompanhado com um piano e alguns sons gravados no computador. Mas sempre com a sua voz a encher a sala meio cheia. Com a sua presença calma e simpática. Presenteou-nos com músicas extra que procurou no seu computador por já não estarem no alinhamento e fez publicidade para o seu próximo concerto, desta vez com músicos.
Vim embora com o retrato de vários amores no ouvido e a saudade de...

quarta-feira, 18 de abril de 2007

Um Funeral: O luto.

Tive uma piriquita durante 4 anos e meio. Agora morreu.

Como passava muito tempo sozinha em casa, resolvi levá-la para o meu local de trabalho. Ficou lá. Uns dias fazia mais barulho e faziam queixa dela. Outras ficava só ali a olhar. Mas nunca a deixei fugir para fora da gaiola, porque achei que não saberia viver em liberdade. Também nunca lhe arranjei um companheiro de cativeiro. Até ontem...

Ontem trouxe um piriquito verde para fazer companhia à piriquita azul. Deram umas bicadas quando os juntei. E deixei-os a passar a noite.

Hoje ia alegre para ver se a piriquita estava feliz por finalmente ter companhia. E a piriquita jazia no fundo da gaiola. Acho que o coração pequenino parou de bater quando finalmente conheceu o amor verdadeiro. Não sobreviveu à emoção da companhia. Já não estava sozinha em cativeiro. Finalmente tinha conhecido a companhia.

Tive pena de lhe ter trazido companhia quando já não tinha o coração forte.

Morreu a piriquita azul... Só me correu uma lágrima. E depois um sorriso porque tinha conhecido o amor antes de morrer.

domingo, 15 de abril de 2007

cocorosie:

dia 14 de Abril
na Aula Magna

Na brincadeira disse:
- "Avalio os concertos pelo número de lágrimas que me provocam".
O concerto das irmãs Coco Rosie foi lindo. Uma delas é uma pequena fada em palco que canta ópera, enquanto a outra tem uma voz especial num corpo masculino. As duas fazem uma combinação de perfeita harmonia entre os vários sons que compõem as suas músicas. Bastou começar a primeira música para entrar noutra dimensão, noutro mundo... Bastou a música para me ajudar a sonhar, para percorrer novos caminhos e imaginar novas formas de andar. É isto que aprecio num concerto. É por isto que agradeço aos artistas que me proporcionam estes momentos. É por isto que nunca me canço de ir atrás de um ou outro espectáculo que tenho a certeza que me irá transportar até um cometa perto da lua.
Coco Rosie.
A fixar algumas das fotografias mentais que tirei entre as 22:30 e as 00:30.

quinta-feira, 12 de abril de 2007

Os trinta...

Ouvi uma frase que me fez pensar e ter vontade de escrever sobre ela:
"Olhei para o meu futuro e não vislumbrei nada!"
E isto fez-me pensar em conversas que tenho tido com algumas pessoas. Algumas pessoas com idades mais ou menos como a minha. Nos trintas. Pessoas que atravessam crises semelhantes. Ou que não vislumbram o futuro ou que não sabem o que querem vislumbrar. Sinto como que uma crise de identidade. Pessoas que não se sentem ainda realizadas profissionalmente, nem pessoalmente. Pessoas que têm medo de estar atrasadas em relação ao que era suposto.
Quando olho para o meu futuro, não tenho a certeza se vislumbro alguma coisa. Já tive muitos sonhos e quanto mais o tempo passa, parece que menos são possíveis.
Parece que preciso de parar para captar novos sonhos. Adaptar-me aos que não são possíveis. Conhecer novos. Fazê-los.
Tenho estado parada desde então para me adaptar a um patamar diferente.
- Os trinta dos sonhos que ainda não realizaram.
- Os trinta dos novos sonhos.

segunda-feira, 2 de abril de 2007

A luz aparece quando menos se espera


Passou-se qualquer coisa.
Não sei bem o que se passou.

Sou incapaz de escrever mais de quatro linhas.
Não me sinto capaz de escrever.

O que se passou?

Abriu a época das caminhadas pelo Parque da Cidade.
Custou...
Mas finalmente chegou!
A ver se consigo oxigenar o cérebro.

quinta-feira, 22 de março de 2007

Frankie Goes to Hollywood

Feels like fire
I'm so in love with you
Dreams are like angels
They keep bad at bay-bad at bay
Love is the lightS
caring darkness away-yeah
I'm so in love with you
Purge the soul
Make love your goal
The power of love
A force from above
Cleaning my soul
Flame on burn desire
Love with tongues of fire
Purge the soul
Make love your goal
I'll protect you from the hooded claw
Keep the vampires from your door
When the chips are down I'll be around
With my undying, death-defyingLove for you
Envy will hurt itself
Let yourself be beautiful
Sparkling love, flowers
And pearls and pretty girls
Love is like an energy
Rushin' rushin' inside of me
The power of love
A force from above
Cleaning my soul
Flame on burn desire
Love with tongues of fire
Purge the soul
Make love your goal
This time we go sublime
Lovers entwine-divine divine
Love is danger, love is pleasure
Love is pure-the only treasure
I'm so in love with you
Purge the soul
Make love your goal
The power of love
A force from above
Cleaning my soul
The power of love
A force from above
A sky-scraping dove
Flame on burn desire
Love with tongues of fire
Purge the soul
Make love your goal
I'll protect you from the hooded claw
Keep the vampires from your door
(Lembram-se desta música? Ou sou a única saudosista?)

Alguém sabe responder?


ADORO:
estar deitada na erva
ou na terra
ou na areia
a olhar
o céu cheio de estrelas!
Simplesmente delicioso.
Deitada sem roupa na beira do mar a olhar o céu carregado de estrelas cadentes num mar parado.

quinta-feira, 15 de março de 2007

Sinto-me sozinha.
Sinto-me farta de estar com pessoas.
Só.
Enfartada.
Sinto-me só
mas não consigo ir ter com alguém.

Craig Armstrong and Elizabeth Fraser

This love
This love is a strange love
In that it can lift a love
This love
This love
I think I'm gonna fall again
And ever when you held the hand
And turn 'em in your fingers, love
This love
Now rehearsed we stay, love
Doesn't know it is love
This love
This love
Doesn't have to feel love
Doesn't care to be love
It doesn't mean a thing
This love
This love loves love
It's a strange love, strange love
This love
This love
This love is a strange love, strange love
I'm gonna fall again love
Doesn't mean a thing
Think I'm gonna fall again
This Love
Acordo todos os dias com esta música...
This love...

quarta-feira, 14 de março de 2007

Por vezes tornamo-nos em determinada coisa...
Porque alguém nos fez sentir isso muitas vezes!

terça-feira, 13 de março de 2007

Yann Tiersen - monochrome

"Anyway, I can try
Anything it's the same circle
That leads to nowhere and I'm tired now.
Anyway, I've lost my face,
My dignity, my look,
Everything is gone
And I'm tired now.
But don't be scared,
I found a good job and I go to work
Every day on my old bicycle you loved.
I am pilling up some unread books under my bed
And I really think I'll never read again.
No concentration,
Just a white disorder
Everywhere around me,
You know I'm so tired now.
But don't worry
I often go to dinners and parties
With some old friends who care for me,
Take me back home and stay.
Monochrome floors, monochrome walls,
Only absence near me,
Nothing but silence around me.
Monochrome flat, monochrome life,
Only absence near me,
Nothing but silence around me.
Sometimes I search an event
Or something to remind,
But I've really got nothing in mind.
Sometimes I open the windows
And listen people walking in the down streets.
There is a life out there.
But don't be scared,
I found a good job and I go to work
Every day on my old bicycle you loved."
O concerto de Yann Tiersen em Famalicão foi fabuloso. É incrível como um homem consegue tirar os sons que ele tira dos instrumentos. Como alguém pode transmitir tanta paixão. Como se pode entrar num mundo diferente povoado de sons e de cores do silêncio. Silêncio vermelho. Notas musicais que se espalham pela sala e me absorveram as células.

Inacreditável como o TRaBaLHo nos colhe toda a CRiaTiViDaDe...


Nota-se, não?

Será que ser adulta
é deixar de acreditar que sou
MÁGICA?

quarta-feira, 7 de março de 2007

Esta semana, estava eu com um título de Tulipa Murcha, no MSN, quando fui abordada por um conhecido que me perguntou:

"Não terás tu a mania de arranjar problemas? Tens família, trabalho, dinheiro para viajar, não estás doente, imensos homens interessados em ti, amigos... Porque te sentes murcha e infeliz?"

Fiquei a pensar nisto. Sinto-me triste, porque nem sempre gosto das minhas atitudes e comportamentos. Sinto-me triste porque o meu amor não sabe para onde se dirigir. Sinto-me triste cada vez que me sinto mal amada. Sinto-me triste essencialmente por aquilo que me é mais importante: O amor, o que me tenho e o que lhe tenho.

Realmente posso ter a mania de arranjar problemas. É, até, muito provável que assim seja. Para quê maltratar-me e não me amar como mereço? Para quê, maltratar-me e esperar que um dia me amem como mereço? Para quê arranjar estes problemas? Simplificando? uhmmm... Não me parece que consiga! A mesma pessoa disse que eu sou muito complicada... Fica para a próxima!

segunda-feira, 5 de março de 2007

"Amamos como nos amaram"

de Katherine Pancol
Colecção Dois Mundos

É um livro, que a meu vêr, não cativa pelo estilo literário, mas pelo conteúdo temático. Tal e qual o título explora de que forma é que o nosso passado, a nossa família e como as relações entre mães e filhos marcam as relações de intimidade no futuro.

Não sei bem se aconselho a ler... Mas é uma boa reflexão sobre o assunto: o excesso de amor e a falta dele, influenciam a forma como nos relacionamos com os outros!

Talvez me tenha identificado em algumas partes...

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007

Cair uma gota mesmo em cima do nariz, quando está a chover.

Se eu fosse MáGiCa:
Desaparecia!
Mas não sou e assim aqui estou.

terça-feira, 20 de fevereiro de 2007

eXPECTATIva

Há uma coisa que eu acho ser a origem de alguns conflitos, tristezas e sentimentos de angústia:

A exPectatiVa.
Esperamos por algo que não chega,
queremos determinado comportamento de outrs pessoa,
sonhamos com alguém,
sei lá,
colocamos expectativas em quase tudo,
e quando não acontece,
ficamos infelizes!

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2007

NeceSSidade de tUdo e de nAda!

Existem poucas coisas que me fazem sentir tão mal,
como quando sou ignorada ou se esquecem de mim...
É sempre nestes dias que me lembro de Jorge Palma:

"reduz às necessidades se queres passar bem"

Deve-se reduzir a todas as necessidades.
Necessidade de ser lembrado,
Necessidade de ser amado,
Necessidade de ser tocado,
Necessidade de ser ouvido,
Necessidade de ouvir,
Necessidade de ter coisas,
Necessidade de ser ou ter.

Acho que estou num processo de reduzir às necessidades.

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007

Um Bom-Dia para quem chegar HojE AQui


Cada lágrima que cAi

é

apenas mais um sol que brilhou noutro diA.

Era uma vez...

... A
Cigarra
e
A
Formiga...

A transparência da condução

A condução de um veículo pode ser solitário.
De repente parece que somos apenas nós e o volante, as rodas, o asfalto.
A condução pode ser libertadora.
Quando dói mais, carregamos no acelerador até ao fim.
Quando a dor já faz parte do nosso carpo,
andamos mais devagar.
Às vezes, não vemos as passadeiras nem as pessoas.
Às vezes não sabemos para onde vamos.
Às vezes achamos que ninguém nos vê.

E de repente, paramos numa passadeira,
porque vimos alguém.
Paramos e esquecemo-nos que estamos a chorar
e,
o nosso pranto cruza-se com o olhar do outro...
Que fica sem saber o que fazer.
Percebemos a hesitação em avançar, percebemos a hesitação em avaliar o que faz alguém andar de carro, com as lágrimas a dançarem ao som da música, que pede apenas para que voltes a acender a vela que se apagou com o vento fraco.

"Ultraviolet (Light My Way)" - u2

Sometimes I feel like I don't know
Sometimes I feel like checkin' out
I want to get it wrong
Can't always be strong
And love it won't be long...
Oh sugar, don't you cry
Oh child, wipe the tears from your eyes
You know I need you to be strong
And the day is as dark as the night is long
Feel like trash, you make me feel clean
I'm in the black, can't see or be seen
Baby, baby, baby...light my way
(alright now)
Baby, baby, baby...light my way
You bury your treasure
Where it can't be found
But your love is like a secret
That's been passed around
There is a silence that comes to a house
Where no one can sleep
I guess it's the price of love
I know it's not cheap
(oh, come on)
Baby, baby, baby...light my way
(oh, come on)
Baby, baby, baby...light my way
Oh...ultraviolet...
Ultraviolet...
Ultraviolet...
Ultraviolet...
Baby, baby, baby...light my way
I remember
When we could sleep on stones
Now we lie together
In whispers and moans
When I was all messed up
And I had opera in my head
Your love was a light bulb
Hanging over my bed
Baby, baby, baby...light my way
(oh, come on)
Baby, baby, baby...light my way
Ultraviolet...
Baby, baby, baby...
Baby, baby, baby...
Baby, baby, baby...
light my way
Baby, baby, baby...
light my way

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

1,2,3...
Experiência!

domingo, 11 de fevereiro de 2007

Lindo!

Uma família à beira de um ataque de nervos

Um filme absolutamente imperdível. Como é que num drama se chora de tanto rir? Eu chorei a rir. Não conseguia parar de rir. E isso não é uma coisa comum, nem tão pouco fácil. Não rio assim tanto quanto isso nos filmes que vejo. Choro com mais facilidade nos filmes, contudo este puxou um riso misturado com ternura e magia.

Uma família tão desajustada quanto algumas que conheço. E a constatação de que é nos limites que percebemos algumas das coisas mais importantes que nos rodeiam. Um forte sentido crítico ao sonho americano.

Uma história de chorar que nos faz rir muito!

sábado, 10 de fevereiro de 2007

É preciso parar para ver!


Como se escrever me fizesse não esquecer.
Como se escrever me fizesse perder.
Como se escrever fosse apenas a forma disforme de não ser esquecida.
Como se escrever pudesse prolongar a dor que não sei onde pôr.
Como se escrever fosse um acto de suicídio constante, a ver se nunca se torna real.
Como se escrever pudesse alguma coisa para além de escrever.
Como se escrever me fizesse chorar em silêncio.
Como se escrever me fizesse não lembrar.

Quando cai a chuva
sinto sempre um
desejo de me pôr debaixo
para que me caia a água no corpo e me limpe por dentro.

Diamante de sangue.

Um filme forte.

Fechei os olhos para não ver as atrocidades que sei não serem apenas ficção. Contudo vi o suficiente para recordar outros filmes sobre África. Outros que me fizeram chorar. Este também fará chorar qualquer pessoa que tenha os olhos ainda com água suficiente para deitar fora.

Um filme simples. Com boas representações e alguns pontos que caracterizam os Africanos ou aqueles que algum dia andaram por aquelas paragens. A terra que se entranha na alma. A riqueza que provoca pobreza. As crianças que não são. E as rivalidades tribais pagas pelos senhores da guerra que vão às Nações Unidas oferecer a sua compreensão pelos povos em guerra constante.

Paisagens magníficas, porque a "Serra Lea quando estiver em paz será um paraíso"...

terça-feira, 6 de fevereiro de 2007

Será que alguém consegue ler o texto que está abaixo???

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007

As minhas partidas românticas são sempre de comboio


Andei a ler um livro interesssante. Não sei bem se é uma autobiografia ou um ensaio sobre literatura. A autora Rosa Montero, Madrilena, terminou explicando que é um livro sobre Loucura, Imaginação e Amor. Não se lê com a fluidez como se fosse um romance, mas para-se de tempos a tempos para tirar uma ou outra anotação.

Comprei-o por causa de uma crítica que li no Público, onde referiam que era importante ler este livro antes de decidir se se queria ser leitor ou escritor. Comprei-o com uma certa expectativa. Não correspondeu totalmente, porque a nossa imaginação tem tendência a ser melhor que a realidade. No entanto, gostei. E assim, aqui vão algumas das citações que retive:

"Pois bem, o romancista tem o privilégio de continuar a ser uma criança, de poder ser um louco, de manter o contacto com o disforme." pp.13

"Isto é, sabemos que dentro de nós somos muitos." pp. 19

"... considerava que a palavra era o meu forte, a minha arma secreta. Assim como outras seduziam agitando cabeleiras louras ou longas pernas, eu saía-me sempre melhor quando contava coisas. " pp. 22

"...enquanto são só ideias e projectos, os nossos livros são absolutamente maravilhosos, os melhores livros que alguém já escreveu." pp. 32

"Creio que os vivi bastante a fundo e talvez por isso os recorde tão mal." pp. 141

"Irradiava aquela exuberância mágica que o bom sexo proporciona." pp 156

"Também poderia dizer que escrevo para suportar a angústia das noites. No desassossego febril das insónias, enquanto damos voltas e mais voltas na cama, precisamos de pensar em alguma coisa para que as trevas não se encham de ameaças." pp 164

A louca da casa
Rosa Montero
Edições ASA

Fui ver o Scoop e o Apocalypto.

De um gostei. Do outro não.
Um fez-me rir. O outro nem me fez chorar.
O primeiro apesar de ser nitidamente para entreter, ainda encontrei aspectos para pensar. O segundo, talvez feito para promover o pensamento, nem sequer me entreteu.

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007

Tenho acordado a ouvir:

The plan it wasn't much of a plan
I just started walking
I had enough of this old town
had nothing else to doIt was one of those nights
you wonder how nobody died
we started talking
You didn't come here to have fun
you said: "well I just came for you" But do you still love me?
do you feel the same
Do I have a chanceof doing that old dance
with someone I've been
pushing away

And touch we touched the soul
the very soul, the soul of what we were then
With the old schemes of shattered dream
slying on the floor
You looked at me
no more than sympathymy lies you have heard them
My stories you have laughed with
my clothes you have torn

And do you still love me?
do you feel the same
And do I have a chance
of doing that old dance again
Is it too late for some of that romance again
Let's go away, we'll never have the chance again

You lost that feeling
You want it again
More than I'm feeling
you'll never get
You've had a go a
tall that you know
You lost that feeling
so come down and show

Don't say goodbye
let accusations fly
like in that movie
You know the one where Martin Sheenwaves his arm to the girl on the street
I once told a friendthat nothing really ends
no one can prove it
So I'm asking you now
could it possibly bethat you still love me?
And do you feel the same
Do I have a chance
of doing that old dance again
Is it too late for some of that romance again
Let's go away, we'll never have the chance again

I take it all from you
I take it all from you
I take it all from you
I take it all from you
I take it all from you
I take it all from you

dEus - "nothing really ends"

quarta-feira, 31 de janeiro de 2007

Para a Carla de Elsinore

"(...) Seja por essa razão, ou porque tenho simplesmente os neurónios deteriorados, a verdade é que a minha memória é catastrófica, ao ponto dos meus esquecimentos me chegarem a assustar. Livros lidos, pessoas e situações que conheci, filmes vistos, dados que um dia aprendi, tudo se confunde e enreda aqui dentro. De facto, quando decorre algum tempo, vinte anos suponhamos, sobre alguma coisa de que me lembro, às vezes é-me difícil distinguir se o vivi, o sonhei, o imaginei, ou, quem sabe, o escrevi (o que demonstra por outro lado, a força da fantasia: a vida imaginária também é vida).(...)"
do livro "A louca da casa" de
Rosa Montero
Vozes do Mundo - Editora
(pp. 140)

Bem sei que não parece!
Mas não imaginam a vontade que tenho de passar longos momentos sozinha.
Aliás... Cada vez preciso de mais tempo sozinha!
Talvez para contrabalançar o falar tanto quando estou acompanhada.
Mas a verdade é que cada vez mais preciso de espaço, de tempo, de solidão.

sexta-feira, 26 de janeiro de 2007

A desvantagem de se estar sozinha sempre que se quer,
é que,
também se está sozinha quando não se quer.

terça-feira, 23 de janeiro de 2007

Rodopio. Rodopio. Rodopio. Rodopio.
E caio no fio negro
do vazio.
Rodopio. Rodopio.
Até já nada ver para além do fio negro do meio.

Sinto um frio de rachar.
Sinto-me nua.


Sinto um frio de rachar porque não tenho nada a proteger-me. Sinto-me sozinha, sem vontade de falar, nem de estar, nem de ouvir. E por isso, sinto-me nua e fria. Não ouço as tuas mãos junto ao meu pescoço. Não me pegaste pela mão para me levar. Não vieste. Não chegaste. Nem sequer foste. E por isso sinto-me fria. Um frio dentro e fora. Um frio que envolve a minha nudez emocional.

domingo, 21 de janeiro de 2007

MY WAY

And now, the end is here
And so I face the final curtain
My friend, I'll say it clear
I'll state my case, of which I'm certain
I've lived a life that's full
I traveled each and ev'ry highway
And more, much more than this, I did it my way
Regrets, I've had a few
But then again, too few to mention
I did what I had to do and saw it through without exemption
I planned each charted course, each careful step along the byway
And more, much more than this, I did it my way
Yes, there were times, I'm sure you knew
When I bit off more than I could chew
But through it all, when there was doubt
I ate it up and spit it out
I faced it all and I stood tall and did it my way
I've loved, I've laughed and cried
I've had my fill, my share of losing
And now, as tears subside, I find it all so amusing
To think I did all that
And may I say, not in a shy way,"Oh, no, oh, no, not me, I did it my way"
For what is a man, what has he got?
If not himself, then he has naught
To say the things he truly feels and not the words of one who kneels
The record shows I took the blows and did it my way!
Yes, it was my way

 
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