Quem me conhece já deve ter ouvido várias vezes o que vou escrever, mas neste momento emerge uma necessidade superior de colocar aqui por escrito. Da minha infância guardo a memória de três filmes que influenciaram escolhas, gostos, medos e sítios que escolhi visitar. Um deles, indiano, chamava-se "Irmãos Inseparáveis" - sei agora que deveria ser de Bollywood - e influenciou sem dúvida a minha paixão pela Índia e a sua cultura.
Outro, com o Kirk Douglas, não me lembro do nome, mas deixou-me sempre com o doce medo de quem nos persegue.
E o terceiro, sobre a vida da Edith Piaf, levou-me a gostar de Paris e das suas canções. Hoje fui ver o La Môme de Olivier Dahan. Relembrou-me porque tinha chorado a vê-lo na minha meninice. Lembrou-me porque fico sempre nostálgica quando ouço as suas músicas. E relembrou-me porque Paris para mim era o Paris de Piaf. A interpretação de Marion Cotillard é fabulosa e será a imagem que evocarei quando ouço estas músicas. Uma vida de perdas. Uma vida palcos. Uma vida, como tantas outras que me fazem pensar em como cada um pode fazer uso da sua própria.
Um comentário:
Tenho mesmo de ir ver o filme.
Postar um comentário