Enquanto estive doente, parte das minhas horas foram passadas a ver filmes. Decidi ver aqueles filmes que alguém me falara e que nunca tinha visto.
Antes de avançar e expor aqui os filmes que vi, decidi fazer uma pequena análise. É interessante pensar no que me faz gostar de um filme. Nem sei bem se algum dia me dei a esse trabalho. De uma forma sistemática não. Talvez no meio de conversas já tenha referido alguns dos motivos.
Então vejamos:
1. A fotografia do filme;
2. A banda sonora;
3. O enredo;
4. Mostrar culturas, sociedades ou épocas diferentes da minha;
5. A forma que o filme tem;
6. (O mais importante.) Ficar a pensar em alguma coisa no fim do filme;
Sendo assim, o que são para mim filmes inesquecíveis são os que fiquei a pensar na vida que me rodeia em geral e na minha própria vida. E por isso, o que hoje é um filme que gosto muito, amanhã pode não o ser e, obviamente vice-versa.
Depois desta pequena introdução, passo a mostrar quais os filmes que acompanharam os meus dias:
Alta Fidelidade
Uma mistura do papel da música nas nossas vidas misturado com uma análise sobre o comprometimento emocional aos 30 anos. O revisitar das relações do passado para perceber a relação actual. O revisitar para compreender o que se quer para o futuro. A análise do entusiamo em conhecer alguém pela oposição do medo de se manter a construção de uma relação já conhecida. E o papel da música. O papel da música fez-me lembrar a coletânea que fiz para oferecer ao meu amor, com todas as letras a dizerem-lhe o que eu nem sempre sou capaz de lhe dizer... Quem nunca fez isto? Quem nunca teve medo de se comprometer, por achar que poderia conhecer uma pessoa com quem se entendesse melhor, de quem gostasse ainda mais e se sentisse mais completo?
Water
Um filme lindo sobre as viúvas na Índia dos anos 30. Um filme sobre a anulação do papel pessoa em prol de um papel aparentemente menor, o de mulher. A submissão aos costumes de uma religião que por vezes só serve os interesses pessoais. E fez-me lembrar quantas atrocidades não se comentem mascaradas de interesses superiores e aparentemente grandiosos.
A domadora de baleias
Quem nunca quis desesperadamente agradar a alguém sem o conseguir? Quem nunca chorou por se sentir pouco capaz? Quem nunca pensou usar poderes mágicos para mudar alguma coisa?
Os Maoris. As lendas. Um povo. As baleias.
Romance e cigarros
É um musical interessante, divertido e profundo. Mostra um pouco a realidade da amante, da mulher atraiçoada e de como o homem decide quando se confronta com a escolha. E como diz uma minha amiga "alguns filmes baseiam-se em realidade, portanto o que lá acontece é provável que se repita na vida comum".
Magnólia
É um filme com uma carga emocional fortíssima. O confronto com a morte e com tudo o que as pessoas querem fazer quando a sentem por perto. É uma história de expiação dos erros do passado, num presente que se cruza com todos os personagens.
terça-feira, 2 de janeiro de 2007
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Um comentário:
Olá!
Bem, fiquei surpreendido pelo teu comentário, leste aquele post todo? Escrevi aquilo demasiado impulsivamente por algo que me deu na altura.
Destes filmes todos que falas só vi o Magnolia, que adorei, ainda só vi uma vez, tenho que rever, já começo a esquecer de partes da história.
Outra coisa que me surpreendeu foi eu aparecer na tua lista de links.
Beijo.
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